sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Sessão comunidades interessantes, bizarras e derivados - parte 5

O retorno!

O que fazer 2 horas da manhã no Orkut? FUÇAR! E quem foi a vítima? GUIZÃO! Porque ele se supera em número de comunidades bizarras!

Ai vai:

Não converso com meu cachorro
Se quando seu cachorro vem todo animado afim de um papinho querendo discutir Sartre, poesia neoconcreta e os rumos da macroeconomia e você o deixa no vácuo...


mina virgem/caso roswell/USA
eu particularmente nao acredito


Pagode Old School 90s

Velha guarda do pagode esquemático. O famoso: 1 na frente e 8 atrás com pandeiro.

[ATENÇÃO]: Qualquer ofensa ou desrespeito de algum membro para com outro resultará em expulsão do mesmo da comunidade. Este é um grupo de discussão sério que visa toda forma de cultura; seja música, molejo, requebrado; relacionada à velha guarda do pagode.
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.Conjunto do Mês.: Negritude Júnior

.Música da Semana.: Travessos - Te Filmando

.Foto.: Netinho de Paula, ex-Negritude Júnior e ex-presidente da COHAB.


Susi Paralítica
Susi não se movimenta sozinha.

Não mesmo!

(Cadeira de Rodas vendida separadamente)


Deus me disse: desce e sobe...
desce e sobe... agora quebra de ladinho


Gerundismo: marlonbrando
marlonbrando tudo até a última ponta.


Tr00rma da Mônica
Para todos que leram as historias em quadrinhos dessa horda profana e blasfemadora.Quem não se lembra daquele episódio em que chovinista,o porco de cascão,foi empalado durante um show de uma banda norueuesa de black metal durante a turnê,no bairro do limoeiro???Ou das aventuras pitorescas e satânicas de Chico Bentr00???

Tr00rma da Mônica,o gibi dos guerreiros tr00s

HAIL MÔNICA


(continua...)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O que é, o que é...

que Platão, o livro 1984, o livro Admirável Mundo Novo e eu temos em comum?

O pensamento de que a a família deve ser abolida.

Fikdik!

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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

"Amor nos tempos de cólera" - Parte 8

"Era como se tivessem saltado o árduo calvário da vida conjugal, e tivessem ido sem rodeios ao grão do amor. Deixavam passar o tempo como dois velhos esposos escaldados pela vida, para lá das armadilhas da paixão, para lá das troças brutais das ilusões e das miragens dos desenganos: para lá do amor. Pois tinham vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte."


(como eu gosto desse livro!)

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sábado, 24 de novembro de 2007

Sobre livros

"O livro fascinava ou, mais exatamente, dava-lhe nova tranquilidade. De certo modo, nada lhe dizia de novo, mas isso fazia parte do seu atrativo. Dizia o que ele diria, se lhe fosse possível pôr em ordem nos seus pensamentos desataviados. Era produto de um cérebro semelhante ao seu, porém enormemente mais poderoso, mais sistemático, menos medroso. Ele percebia que os melhores livros são os que dizem o que já se sabe."

(1984 - George Orwell)


Indicações de bons livros onde tá escrito pra você comentar, PORRA \_o_/

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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Teste babaca de personalidade

ENFP

Seu modo principal de viver é focado externamente, de onde você absorve os fatos primariamente através de sua intuição. Seu modo secundário é focado internamente, onde você lida com as coisas de acordo com a maneira como você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema de valores pessoais.

Você é uma pessoa calorosa, entusiasmada, tipicamente muito inteligente e cheia de potencial. Você vive num mundo de possibilidades, e pode ficar muito apaixonado e entusiasmado com as coisas. Seu entusiasmo dá a você a habilidade de inspirar e de motivar os outros, mais do que é constatado em outras pessoas. Você tem a habilidade de conseguir o que você quiser com o seu papo. Você ama a vida, vendo-a como um dom especial, e luta para tirar o máximo proveito dela.

Você tem uma variedade incomum de habilidades e de talentos, e é bom em quase tudo o que te interessa. Orientados a trabalhar com projetos, você pode acabar encarando várias carreiras diferentes durante sua vida. Para quem observa de fora você pode parecer perdido e sem objetivo, mas é na verdade muito consistente, pois possui um senso de valores que você utiliza como uma lei que rege a sua vida. Aliás, tudo o que você faz deve estar alinhado com seus valores. Você precisa sentir que está vivendo sua vida como você mesmo, andando de acordo com o que você acha certo. Você vê significado em tudo, e está numa batalha contínua para adaptar sua vida e seus valores para conseguir atingir uma paz pessoal. Você está sempre ciente e inclusive preocupado em perder contato consigo mesmo. Como a empolgação emocional é normalmente muito importante em sua vida, e como você está sempre focado em estar com sua vida alinhada, você acaba freqüentemente sendo um indivíduo intenso, de valores altamente desenvolvidos.

Você necessita se focar em terminar os projetos que você começa. Este pode ser um grande problema para você. Diferentemente de outras pessoas extrovertidas, você precisa de tempo sozinho para encontrar seu equilíbrio, e para ter certeza que você está em sintonia com seus valores. Se você se mantiver equilibrado, é muito provável que você tenha obtenha sucesso em seus projetos. Então, não caia no hábito de sair rapidamente de um projeto quando você se animar com uma nova possibilidade, pois você pode acabar nunca atingindo os grandes objetivos que você pode atingir.

Você tem uma ótima capacidade de lidar com as pessoas. Você é genuinamente caloroso e interessado por elas, e coloca uma grande importância em suas relações com os outros. Você quase sempre tem uma grande necessidade de que os outros gostem de você. Especialmente numa idade mais jovem, pessoas como você tendem a demonstrar entusiasmo excessivo para com outras pessoas, exagerando no esforço para ser aceito. No entanto, assim que você aprender a equilibrar sua necessidade de ser verdadeiro para consigo mesmo, com sua necessidade de ser aceito pelos outros, você se tornará ótimo em trazer à tona o melhor que cada pessoa tem a oferecer, e será bem aceito por todos. Você tem uma habilidade excepcional de entender intuitivamente as pessoas após pouco tempo, e de usar sua intuição e flexibilidade para se relacionar com os outros no nível deles.

Por viver num mundo de possibilidades empolgantes, os detalhes do dia-a-dia são vistos como desagradáveis trivialidades. Você não coloca importância em tarefas detalhadas e de manutenção, e freqüentemente nem está ciente dessas questões. E quando você realmente tem que realizar essas tarefas, você não tem prazer em fazê-las. Essa realmente é uma área desafiadora para as pessoas como você, e pode se tornar algo frustrante para seus familiares.

Se você acabar indo para o “mau caminho”, pode se tornar um tanto manipulador – e muito bom nisso. O talento de ser persuasivo com o qual você foi abençoado faz com que você consiga o que quer de maneira natural e fácil. Porém, na maioria das vezes você não irá abusar destas habilidades, pois estas não se encaixam com seu sistema de valores.

Às vezes você também comete erros de julgamento graves. Você tem uma habilidade incrível de perceber intuitivamente a verdade sobre uma pessoa ou situação, mas quando você aplica um julgamento à sua percepção, você pode chegar a conclusões erradas.

Se você não aprender a levar as coisas que você começar até o final, você pode encontrar dificuldades em se manter feliz em casamentos. Sempre vendo as possibilidades do que pode ser, você pode se cansar do que realmente é. O forte senso de valores irá manter você dedicado às suas relações. No entanto, como você gosta de um bocado de animação na sua vida, se dará melhor com pessoas que se sintam confortáveis com mudanças e com novas experiências.

Ter um pai como você pode ser uma experiência muito divertida, mas pode ser uma experiência estressante para crianças com fortes tendências concretas ou de organização. Estas crianças podem ver seus pais como inconsistentes e difíceis de entender, à medida que são carregadas por esse redemoinho que é a vida do pai. Algumas vezes você desejará ser o melhor amigo de seus filhos, e em outras vezes fará o papel do pai autoritário. Mas você seu sistema de valores é sempre consistente, o que impressionará suas crianças mais que tudo, juntamente com sua simples felicidade de viver.

Você é basicamente uma pessoa feliz, mas pode se tornar infeliz se confinado a horários estritos e a tarefas mundanas. Consequentemente, você trabalha melhor em situações onde você tenha muita flexibilidade e onde você possa trabalhar com pessoas e com idéias. Uma ótima idéia seria a de você abrir seu próprio negócio! Você tem a capacidade de ser altamente produtivo mesmo com pouquíssima supervisão, apenas necessitando que você esteja entusiasmado com o que você está fazendo.

Por ser tão alerta e perceptivo, constantemente analisando o ambiente ao seu redor, é bem provável que você sofra de tensão muscular. Você tem uma grande necessidade de ser independente, e resiste a ser controlado ou rotulado. Você precisa manter o controle sobre si mesmo, mas não acredita em controlar os outros. Sua necessidade de independência e de liberdade se estende tanto a si próprio, quanto aos outros.

Você é uma pessoa charmosa, engenhosa, que se arrisca, sensível, voltada às pessoas, e com capacidades de todos os tipos. Você tem muitas qualidades que irá utilizar para se satisfazer na vida (e também àqueles próximos a você) se conseguir se manter equilibrado, e dominando sua capacidade de levar até o fim o que você começar.



Tá, beleza. Agora POR FAVOR, conta uma novidade! rsrsrs ¬¬


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terça-feira, 20 de novembro de 2007

A menina que muda de cor

Era uma menina como todas as outras que vivia no Mundo das Cores, a não ser pelo fato de mudar de cor, não como o camaleão que utiliza-se desse artifício para adaptar ao ambiente, e sim como alguém que muda de cor para exprimir seu estado de espírito, sua falta de adaptação em algumas vezes.
Um certo dia acordou vermelha, não sabe-se se era de amor ou de ódio, já que os sintomas são muito parecidos. Gritava com todos, atirava coisas ao chão, e por alguns instantes permanecia calada, com o olhar vazio, olhando o infinito. Para depois começar a chorar, inconsolável, como uma criança. E voltar a chingar e esbravejar por tudo e com todos.
No dia seguinte acordou branca. Cansada, olhos fundos, mais parecia morta, talvez era a paz, a típica dos desencarnados. Não quis comer, não falou com ninguém, limitou-se a responder o que lhe perguntavam. Trancou-se em seu quarto, e permaneceu em seu mundo onírico até tornar-se azul. Levantou de sua cama pisando em nuvens, falando manso, com sua respiração suave. E ao longo do dia foi tornando-se mais e mais azul. E assim foi mudando de cor durante os dias que se passavam...
Até que um dia, sem motivo aparente acordou roxa, e triste permaneceu por muito tempo, cada vez mais roxa, lábios roxos, dedos roxos, olheiras roxas, até tornar-se negra como a noite. E seus olhos já não ostentavam o brilho de outrora, sua pele, escura e opaca, não tinha mais o toque aveludado e encantador.
Inerte ficou em frente ao espelho, admirando o que um dia tinha tido tanta cor. E assim adormeceu. Não sabe por quanto tempo esteve dormindo, sabe apenas que foi subitamente acordada por um rapaz (um rapaz sem cor!) com um beijo (também sem cor). Pensou "de onde saiu essa rapaz? Não deve ser desse mundo!". Mas não se importou, apaixonou-se por ele. E com ele decidiu fugir pro Mundo Real onde as cores e as inconstâncias nem sempre são importantes.

(escrito em 03/09/07)

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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"Eu ainda não acredito"

"No momento seguinte, ela estava nos seus braços, sem que fosse possível dizer por iniciativa de quem. No começo não sentiu senão a mais completa incredulidade. O corpo moço apertado contra o seu, a massa de cabelo escuro tocando-lhe a face e... sim! ela virou o rosto e ele beijou a boca grande e vermelha. Ela passara-lhe os braços pelo pescoço, e o chamava de querido, amado, bem-amado."

(1984 - George Orwell)


Soa familiar, não?!

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sábado, 17 de novembro de 2007

Nós NÃO somos os mortos

Quando li pela primeira vez "1984" de George Orwell não tinha idéia do quão próxima estava da realidade fictícia e distópica retratada no livro. Para minha grande decepção, frustração, ou sei lá como se pode chamar esse sentimento, estive durante um precioso mês da minha vida fechada entre quatro paredes, cercada de câmeras, tendo minha privacidade toda escafrunchada. Até medo de ir ao banheiro tive, vai saber onde podem ter escondido uma câmera... Exageros à parte, me sentia como um hamster: engaiolado e tendo que correr e correr na rodinha, sendo observado a todo instante. Mas o fim foi quando descobri, assim “do nada”, que todas minhas conversas via MSN estavam sendo lidas... Tudo bem, já tinha uma leve desconfiança que isso poderia acontecer mas suspeitas confirmadas tem outra cara. E o que tem de mal nisso? Aparentemente nada, afinal são só negócios... Ou não.

Tudo bem que existem leis que permitem a quebra de sigilo de logs quando em computadores da empresa e blábláblá mas essa história toda me fez pensar no rumo que as coisas estão tomando. Será que em breve irão aprovar uma lei que permita que os pensamentos dos empregados sejam controlados enquanto estão dentro do local de trabalho? É absurdo, mas não duvido de nada mais. Tentar controlar minha mente, já tentam isso mas de forma persuasiva, não quero viver para ver quais serão os novos métodos usados no futuro.

Meu nome não é Julia mas sou a todo instante levada a pensar que amor é crime, prazer é pecado e pensar é inútil. Mas não me entrego facilmente, não estou morta. Ainda não!

O que me espera no quarto 101?


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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Winston e Julia

- Não, não é confessar. Confissão não é traição. O que digas ou faças não importa. O que importa são os sentimentos. Se conseguirem me obrigar a deixar de te amar... isso seria traição.

Ela raciocinou.

- Isso não podem fazer. É a única coisa que não podem. Podem te fazer dizer qualquer coisa... tudo... mas não podem te obrigar a acreditar. Não penetram na gente.

- Não - ele concordou, um pouco mais esperançoso.

(1984 - George Orwell)


Eles podem fazer qualquer coisa, menos me fazer deixar de sentir.
Tem coisas que a gente sabe mas insiste em não querer acreditar...

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Banksy

Banksy é um dos mais conhecidos artistas de rua do mundo. Nascido em Bristol, Reino Unido em 1975 seus stencils são facilmente encontrados nas ruas de Londres.
Não se sabe a identidade de Banksy. Ele não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo.
Recentemente, ele trocou 500 CDs da cantora Paris Hilton por cópias adulteradas em lojas de Londres, e colocou no parque de diversões Disney uma estátua-réplica de um prisioneiro de Guantánamo.
Sua obra é carregada de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder.
Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade.
Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.

Galeria Banksy

(fonte: Wikipedia)



Depois dessa dá a maior vontade de sair fazendo arte por ai =D

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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Química

Porque a mistura de lágrimas, saliva e suor nunca foi tão doce.


~ Ouvindo: Muse - Easily (L)

sábado, 10 de novembro de 2007

Véspera...

Porque no fundo eu ainda sou a criança que chora no ombro da mãe, que tem coração mole e memória fraca, insegura e ansiosa, que tem medo da derrota mais do que qualquer outra coisa.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

5th of november


“Bom dia, Londres.
Primeiro, desculpem a interrupção. Eu, como muitos de vocês, aprecio os confortos do dia-a-dia, a segurança do familiar, a tranqüilidade da rotina. Gosto disso como todo mundo. Mas no espírito da comemoração em que eventos do passado associados à morte de alguém ou ao fim de uma luta terrível são comemorados com um belo feriado, pensei em marcar esse 5 de novembro, um dia que, infelizmente, já foi esquecido, aproveitando um pouco do tempo de vocês para bater um papo.

Há aqueles que não querem que falemos. Desconfio que estejam dando ordens ao telefone e homens armados virão logo. Por quê? O governo pode usar violência em vez do diálogo. Mas as palavras sempre manterão seu poder.
As palavras oferecem um significado e, para aqueles que ouvem, a enunciação da verdade. A verdade é que há algo terrivelmente errado com o país. Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Se antes você tinha liberdade de se opor, pensar e falar quando quisesse, agora você tem sensores e câmeras obrigando-o a se submeter.
Como isso aconteceu? Quem é o culpado? Há alguns mais responsáveis que outros e eles vão arcar com as conseqüências mas, verdade seja dita, se procuram culpados basta vocês se olharem no espelho.

Eu sei por que vocês fizeram isso. Sei que tinham medo. Quem não teria? Guerra, terror, doença. Uma série de problemas se juntaram para corromper sua razão e afetar seu bom senso. O medo dominou vocês e vocês recorreram ao novo alto chanceler Adam Sutler.
Ele prometeu ordem. Prometeu paz. Tudo o que ele pediu em troca foi seu consentimento silencioso.
Ontem, tentei dar um fim ao silencio. Ontem eu destruí o Old Bailey para lembrar ao país o que foi esquecido. Há 400 anos, um grande cidadão quis gravar o 5 de novembro para sempre em nossa memória. Ele queria lembrar ao mundo que imparcialidade, justiça, liberdade são mais que palavras, são perspectivas.

Então, se vocês não viram nada, se desconhecem os crimes deste governo, sugiro que deixem o 5 de novembro passar em branco. Mas se vocês vêem o que eu vejo, se sentem o que eu sinto e se buscam o que eu busco peço eu estejam ao meu lado daqui 1 ano na entrada do Parlamento e juntos daremos a eles um 5 de novembro que nunca, jamais será esquecido.”


V, do filme V de Vingança


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domingo, 4 de novembro de 2007

Enquanto isso no MSN...

- (ah, e eu quero parar de te chamar de anetta e saber teu nome de verdade, pra eu poder te chamar confortavelmente de anetta)
- meu nome é ana claudia UAHAUHAUA
- (ana cláudia...NADA A VER AAUHhuaUAHuahUAHuhAUHahuaUAH enfim, não esperava)
- outro dia uma amiga q conheço a mais de 1 ano falou "MAS QUEM É ANA CLAUDIA???"
- (o acento no teu nome é da minha propriedade, pq pode ser sem acento mesmo. e o parêntese é pq esse não é o assunto principal da conversa. e sim, eu sou fresco =p)
- Ana Cláudia Camin Araújo, tudo com acento bonitinho
- parece nome de gente, daquelas típicas filhinhas da mamãe e tal
- mas eu sou gente x~~ Já me falaram mts vezes q ana cláudia não combina comigo oO ai eu penso "qual nome combina comigo?"
- Anetta
- Já me falaram q Ana Claudia é mt nome de senhora UAHUAAUA
- Não digo senhora, mas de pessoas tipicamente burocráticas
[...]

Agora eu fiquei encanada! Qual nome combina comigo?

E parando pra pensar no assunto, o que o nome de uma pessoa diz sobre ela? Ou não diz nada além do gosto dos pais para nomes? Fiquei tentando imaginar como os pais de cada uma das pessoas que convivem comigo escolheram seus nomes.

O porquê de eu me chamar Ana Cláudia é simples assim: minha mãe tinha uma amiga querida que se chamava Ana, e meus pais gostavam muito da personagem que a Patrícia Pillar fazia em uma novela (que segundo o magnífico site Wikipedia eu descobri que passou em 1987 e chamava "Brega e Chique") chamada (tcharam!) Ana Cláudia. Ana significa alegre, cheia de graça, e Cláudia significa manca. Se for pensar até combina. Ou não.

Mas continuam achando que Anetta combina mais... Tudo bem, nem ligo! =}


PS: Procurando no Google achei esse site bacaninha com um dicionário de nomes =B

PS2: (não é Playstation 2) o rapaz não identificado da conversa tem um nome bacana que significa "nobre, generoso" ;)


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sábado, 3 de novembro de 2007

1984, ou seria 2007?

"Se há esperança, escreveu Winston, está nos proles. (...) Mas os proles, se de algum modo adquirissem consciência do seu poderio, não precisariam conspirar. Bastava-lhes levantarem-se e sacudir-se, como um cavalo sacode as moscas. Se o quisessem, poderiam demolir o Partido no dia seguinte. Mais cedo ou mais tarde, isso lhes haveria de ocorrer. (...)
Escreveu: Não se revoltarão enquanto não se tornarem conscientes, e não se tornarão conscientes enquanto não se rebelarem.
Refletiu que a frase poderia ser quase a transposição de um dos textos básicos do Partido. O Partido proclamava, naturalmente, ter libertado os proles da servidão. Antes da Revolução eram oprimidos pelos capitalistas, tinham sido chicoteados e submetidos à fome, as mulheres forçadas a trabalhar nas minas de carvão (na verdade, as mulheres ainda trabalhavam nas minas), as crianças vendidas às fábricas com a idade de seis anos. Simultaneamente, fiel aos princípios do duplipensar, o Partido ensinara que os proles eram naturalmente inferiores, que deviam ficar em sujeição, como animais, pela aplicação de algumas regras simples. Pouquíssimo se sabia a respeito dos proles. Não era necessário saber muito. Contanto que continuassem a trabalhar e se reproduzir, não tinham importância suas outras atividades. Abandonados a si mesmos, como gado solto nas planuras argentinas, haviam regressado a um modo de vida que lhes parecia natural, uma espécie de tradição ancestral. Nasciam, cresciam nas sarjeta, iam para o trabalho aos doze, atravessavam um breve período de floração da beleza e do desejo sexual, casavam-se aos vinte, atingiam a maturidade aos trinta, e em geral morriam aos sessenta. O trabalho físico pesado, o trato da casa e dos filhos, as briguinhas com a vizinhança, o cinema, o futebol, a cerveja e, acima de tudo, o jogo, enchiam-lhes os horizontes. Mantê-los sob controle não era difícil. Alguns agentes da Polícia do Pensamento estavam sempre entre eles, soltando boatos, marcando e eliminando os poucos indivíduos julgados capazes de se tornar perigosos; mas não se tentava doutriná-los com a ideologia do partido. Não era desejável que os proles tivessem sentimentos políticos definidos. Tudo que se lhes exigia era uma espécie de patriotismo primitivo ao qual se podia apelar sempre que fosse necessário levá-los a aceitar rações menores ou maior expediente de trabalho. E mesmo quando ficavam descontentes, como às vezes acontecia, o descontentamento não os conduzia a parte alguma porque, não tendo idéias gerais, só podiam focalizar a animosidade em ridículas reivindicações específicas. Os males maiores geralmente lhes fugiam à observação. A grande maioria dos proles nem tinha teletelas em casa. Até a polícia civil interferia pouquíssimo com eles. Havia enorme criminalidade em Londres! todo um mundo subterrâneo de ladrões, bandidos, prostitutas, vendedores de narcóticos e contraventores de todo tipo; mas como tudo se passava entre os próprios proles, não tinha importância. Em todas as questões morais, se permitia obedecerem ao código ancestral. O puritanismo sexual do Partido não lhes era imposto. A promiscuidade não era punida, e o divórcio era permitido. Nesse particular, até a adoração religiosa teria sido permitida se os proles demonstrassem algum sintoma de desejá-la ou dela carecerem. Ninguém desconfiava deles. Como dizia o lema do Partido: 'Os proles e os animais são livres'. "

Parece familiar? A "professia" está se cumprindo. Protejam suas mentes!

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