quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Passado, presente e futuro (não necessariamente nessa ordem) - Parte 3

Última parte: passado

Eu comecei essa 'saga' a algum tempo atrás, e diferente das Histórias do Fundo do Baú que são apenas lembranças de épocas distantes, isso que estou prestes a narrar teve de certa forma importância no meu presente e no que eu penso que será meu futuro.

Uma vez eu li que o que difere as crianças do sexo feminino e masculino é principalmente a forma de brincar. Meninas geralmente brincam de ser gente grande e isso é estranho porque dá a impressão que estamos querendo antecipar uma fase da vida sem ter idéia do quão complicado é o mundo dos adultos. E pensando nisso eu realmente percebi que minhas brincadeiras não mudaram muito depois que eu cresci...

Lembro-me de como era (e ainda sou, admito) fascinada por bonecas Barbie, elas sempre simbolizaram o que as garotas querem ser: bonitas, elegantes e endinheiradas (Barbie pobre é UÓ auahauahua). E ao contrário das minhas amiguinhas eu detestava brincar de boneca, aquelas bonecas feias com cara de bebê e tal. Para mim não tinha nada mais chato do que brincar de casinha, ou de professora, não que eu nunca brincasse, mas trocava qualquer uma dessas brincadeiras para montar minha mansão da Barbie, dar festas e arrumar um namorado pra ela (=x). Sempre quando ganhava uma Barbie nova a primeira coisa que eu fazia era trocar a roupa dela, fingia que ela ia fazer compras e tudo o mais. No começo quando era bem pequena minha mãe comprava cartelas e mais cartelas de roupas, até que um dia eu vim para Rio Preto passear na casa dos meus tios (na época morava em Santa Bárbara D'Oeste) e ao ir à Lojas Americanas me apaixonei por uma máquina de costura de plástico cor-de-rosa que costurava de verdade! Depois de muita lábia minha mãe fez eu parar de fazer birra prometendo comprar a máquina quando voltássemos pra casa. E ela cumpriu! Algumas semanas depois lá estava eu com minha máquina de costura, mas na cor roxa. Fiquei fascinada! Enquanto minha mãe costurava roupas pra mim, eu usava os retalhos que ficavam espalhados pelo chão para 'fazer roupas' para minhas Barbies. Acho que minha paixão por moda começou ai. Depois de algum tempo já tinha enjoado da minha maquininha, e minha tia foi me visitar trazendo de presente outra maquininha, dessa vez a cor-de-rosa. Foi minha primeira 'oficina de costura'. Muito tempo se passou, e aos 15 anos eu entrei no curso de costura e modelagem, e aprendi a 'brincar' com a máquina que minha mãe tinha desde os tempos de solteira.

Hoje eu vejo que meninas crescem, as brincadeiras continuam as mesmas, só o valor dos brinquedinhos que aumenta (e como!). Hoje tenho em casa uma mini oficina de costura, com 4 máquinas 'de verdade', onde brinco de fazer roupinhas pra eu usar, uma Barbie gorda de cabelo preto, e pobre!

~

2 comentários:

Clarissa disse...

Hahahaha!

Ahh... melhor fazer roupinhas pra você usar do que roubar lápis! ¬¬

Bairon Fagundes disse...

melhor saga que eu já li Ana, essa série(passado, presente e futuro) está de parabéns, emocionante.
=****

é sério, principalmente essa da barbie e a sua precoce vocação.

p.s. hoje eu consegui fazer um comentário decente.
uahuhauhauaha