quarta-feira, 20 de junho de 2007

Clarice Lispector - Parte 1

Agora à noitinha fui acordada subitamente por minha mãe. Um copo de capuccino em uma mão e um prato com pães de queijo na outra, ao lado da minha cabeça um incrível livro de contos. Logo pensei: “devo ter morrido e estou no céu!”. Mas não... A vida pode trazer surpresas bem prazerosas às vezes... Uma grande surpresa foi a descoberta que fiz: nunca sequer tinha lido um conto inteiro da Clarice Lispector. Mas em que planeta eu estava todo esse tempo? Descobri quão genial são seus contos, assim por acaso. Alguns dias atrás, não me lembro ao certo quando, minha irmã de 12 anos (é, pasmem!) apareceu com um livro de contos dela. “Melhores Contos” diz a capa. Não mente! Algumas das palavras dela resumem exatamente muitos dos meus sentimentos atuais (e nem to bancando a mega sensível não, pelo contrário, às vezes sou tomada por uma insensibilidade que assusta).

De qualquer forma vou transcrever aqui alguns trechos de alguns contos que não sairão da minha cabeça tão cedo, e no caso de saírem um dia estarão aqui bem à vista.

“(...) A uma distancia infinita eu via o chão. Ofélia, tentei eu inutilmente atingir à distancia o coração da menina calada. Oh, não se assuste muito! Às vezes a gente mata por amor, mas juro que um dia a gente esquece, juro! A gente não ama bem, ouça, repeti, como se pudesse alcançá-la antes que, desistindo de servir ao verdadeiro, ela fosse altivamente servir ao nada. Eu que não me lembrara de lhe avisar que sem o medo havia o mundo. (...)”

A legião estrangeira - Clarice Lispector

Um comentário:

Eric Paes disse...

É Clarice Lispector...é realmente muito bom seus textos...estudei um pouco dela nesse ultimo ano,minha professora de literatura tinha um bom gosto além de entender bastante a respeito.

Beijos